Verdadeiros culpados do Caso Mateus

Cara(o) relva alba, Apenas um reparo extremamente importante na alínea b do ponto 2... Não é a FPF quem aceita a inscrição do atleta baseado na deliberação do Tribunal do Porto, foi o Dr. Cunha Leal, como Director Executivo da LPFP, no dia 19 de Janeiro. Se na altura ele acatou uma decisão do Tribunal, por que veio criticar a decisão do Major - já que ele estava de férias e inclusive as prolongou por mais dez dias de fazer o mesmo? Por que não comunicou aos restantes membros que compõe a Comissão Executiva da ida aos Tribunais Cíveis por parte dos gilistas? Não existe acta alguma das reuniões da Comissão nas quais seja alguma vez aflorado esse assunto. Mais, por que não comunicou à FPF como era sua obrigação o recurso aos tribunais cíveis.

1. O jogador Mateus que eu saiba joga futebol e não é nem contínuo nem faxineiro. O contrato como contínuo foi uma forma ilegal de fugir aos impostos. Logo é um contrato fictíssio. Além do mais o jogador desde que deixou as camadas jovens foi sempre profissional de futebol. O Gil Vicente pôde inscrever o jogador Mateus, o que demonstra que o tribunal (do Porto) concordou com o argumento. 2. O que tu dizes não contraria em nada o que eu disse. E um jogador não precisa de cumprir um ano com um determinado estatuto para poder mudar. Não pode é jogar com diferentes estatutos na mesma época, o que não é bem a mesma coisa. O tribunal desportivo (CJ da FPF) declarou-se incompetente para julgar o caso por ser uma questão laboral, e aparentemente recomendou o recurso aos tribunais civis, únicos que poderiam julgar o caso. O resto que dizes é verdade e não interfere em nada com o que eu disse. Temos então uma situação que dá que pensar: 1. CJ da FPF considera questão laboral; 2. Tribunal Braga considera questão desportiva; 3. Tribunal Porto considera questão laboral, julga o caso e dá razão ao Gil Vicente; 4. Tribunal Porto anula a decisão por saber que o tribunal de Braga já havia julgado. ------- E o Gil tem o fax onde supostamente a FPF recomenda o recurso aos tribunais civis para julgar a questão, o que lhes dá sustenção jurídica para exigir que seja feita justiça. Eu não me acredito que os responsáveis do Gil fossem capaz disto tudo se não tivessem razão, mas a ver vamos. Quanto ao historial podes dá-lo sim que vale sempre a pena, embora eu ache que o essencial já foi dito. Quanto a inteirar-me dos factos, o que disseste não interfere em nada com o que eu disse. A única diferença é que tu afirmaste que o fax não dizia para recorrer aos tribunais - isso eu não sei pois não o tive na mão nem vi na TV, mas sei o que quem recebeu o fax disse, e sei o que quem enviou disse. Também sei que a FPF esteve até esta semana sem explicar o conteúdo desse fax e só agora veio apresentar "a sua versão". Quanto ao Belenenses: como tu bem disseste o Gil não sofre nem tinha que sofrer qualquer punição desportiva pelos 4 jogos em que utilizou Mateus naquele lapso de tempo que mediou entre as duas posições do tribunal do Porto. Assim sendo o Gil Vicente não perde pontos na classificação, mantendo-se à frente do Belenenses, confirmando a despromoção do clube de Belem. Quanto ao clube que sobe, as regras são omissas, mas quanto a mim o mérito desportivo deveria prevalecer subindo o Leixões (caso o Gil seja mesmo despromovido).

Exactamente! E se para se levar adiante essa posição de força em relação á FIFA o preço for vermos a selecção e os clubes afastados das competições europeias, então que seja! Agora tornarmo-nos reféns da FIFA é que não!

Por acaso não vi todo o programa do Marcelo, aliás muito raramente vejo, porque o considero um comentador de tripla, ou seja, tem sempre razão, pela forma como se exprime qualquer que seja o ponto de vista. De qualquer modo, a minha opinião baseia-se naquilo que já pensava acerca deste caso e das ideias que troquei com o meu pai (ele também não é advogado) e de facto, quer me parecer que em termos de direito desportivo não vão haver dúvidas. Mas todo este cenário do Gil Vicente, incluindo viagem a Lisboa, apenas serve para construir um caso jurídico e mais tarde pedir a indemnização e até agora, nada do que o Gil tem feito, me surpreende... Ou seja:

Direito desportivo: forte penalização para o Gil e eventualmente para a Liga e FPF.

Direito civil: forte indemnização a receber pelo Gil e forte penalização para a FIFA, FPF e ou Liga, as quais mais cedo ou mais tarde, vão ter que voltar atrás, nos seus regulamentos.