Uma nova classe de negócios

Apesar do jeito que dava, eu pessoalmente não acredito que o Robinho alguma vez vista a camisola do SLB.
Depois admiram-se... que não há coincidências.

...sempre. Os craques são sempre bem vindos, e em Portugal, como nos clubes e SAD's, onde o dinheiro não abunda, este negócios permitem aos clubes usufruirem de um jogador de classe, muitas vezes por 1/4 do preço (vide o exemplo do Luisão).

Mas é claro que trás as suas desvantagens. O jogador "vê-se obrigado" a mudar de ares, muitas vezes quando não quer. Quanto ao clube, pode ver-se privado de uma pedra basilar, de um momento para o outro, fruto do poder dos milhões de outros emblemas mais ricos e poderosos.

Mas neste caso concreto do Robinho, ou até mesmo do Luís Fabiano ou do exemplo supracitado, é uma mais valia para o Benfica. E, reconheçamos, aqui nunca se pode empregar o ditado: "A cavalo dado, não se olha o Dente"!! Digo eu!!

Saudações Desportivas

PS: Isto faz-me lembrar a história do jogador como mercadoria. Muitos dizem que não, mas é o que acontece. Investidores compram, jogadores vão de um sítio para o outro, como ponto de passagem para outro sítio, não sem antes ser ainda mais valorizado. O processo é igual ao utilizado há muitos anos com as mercadorias. Mas estamos a falar de seres humanos, de profissionais, portanto, permitam-me que coloque a palavra mercadoria entre aspas, para não ferir susceptibilidades!!

estas questoes nem sequer se colocam no nosso cada vez mais capitalista campeonato...Mas por mim é-me igual, em qualquer lugar Benfica é merda

quem é o bruno almeida?

Eu penso que este tipo de negócios vai ser o melhor que vamos ter por uns tempos... Nenhum jogador brasileiro do nível do Diego, Fabiano ou Robinho vem para a Europa para jogar no Porto ou no Benfica (ou mesmo no Sporting - sim, sim, também os há...), e isto por várias razões:

1. Nenhum clube português pode suportar salários na ordem dos 50.000€/semana que muitos jogadores auferem por outras bandas (para lá de Badajoz, com a devida vénia ao Terceiro Anel)
2. Não são os clubes Portugueses (com talvez a merecida excepção do Porto de Mourinho) que preenchem os sonhos destes jogadores. Todos eles sonham com A.C. Milan, Real Madrid, Barcelona, ManYoo, Juventus, etc...

E talvez a razão mais importante:
3. O que é que interessa, a qualquer jogador, jogar num campeonato com 3 equipas a disputar o título?

Quando o Boavista ganhou a Superliga aqui há uns anos atrás eu rezei e pedi a todas as divindades com as quais tenho cunhas para que no ano seguinte fosse outra equipa fora dos grandes a ganhar. Isto teria dado a motivação necessária para que "os pequenos" acreditassem que é possível. Isto aumentaria as rivalidades, talvez desse num maior investimento noutros clubes (talvez pudessem guardar os talentos que aparecem nas camadas mais jovens em vez de ter de os vender para tapar dívidas), etc.

Mas estou para aqui a divagar demais. Resumindo: Se queremos craques a jogar em Portugal, podem ter a certeza que vai sempre ser "em estágio", e não nos podemos queixar disso. Agora, se ganharmos mais umas taças europeias, aí talvez possamos sonhar outra vez...

Diego, Fabiano e Robinho são certezas e não promessas. Craques. Estes fazem sempre falta.

O problema são os Leónidas deste mundo. Jogadores que não trazem nada ao clube e ao campeonato. Estes de facto preocupam, porque se os grandes têm a sua quota de valores duvidosos, nos clubes pequenos aparecem como "pragas".

No entanto, estes nomes e estes negócios como vêm sendo descritos pela imprensa, trazem uma nova realidade aos clubes portugueses. Passaram a autênticos Bs dos grandes europeus, que investem nos passes e colocam-nos a rodar e adaptar ao futebol europeu em clubes de média/grande dimensão. Terminada esta fase, o clube perde o jogador em favor de um Chelsea ou Real.

Pessoalmente, esta política preocupa-me. A tornar-se norma, em poucos anos perderemos qualquer capacidade de competir a nível externo, acabando como verdadeiros centros de estágio.