Quando vão cair os grandes na realidade?

Discordo completamente da questão formulada e com a forma como ela é apresentada. Apesar de ser do conhecimento geral de que os clubes de futebol, por essa Europa fora, vivem acima das suas capacidades, acho abusivo avaliar-se a situação de todos da mesma forma.

Antes de responder a esta pergunta teríamos que conhecer os orçamentos de todos os clubes da 1ª Liga, as suas receitas, o factor de risco associado ao investimento e os activos/possibilidades de cada um. Não é pelo facto de 14 clubes baixarem o orçamento que os restantes 4 terão de fazer o mesmo como a única forma de evitarem um descalabro financeiro.

Todas as facetas da vida de um clube devem ser levadas em consideração na projecção do orçamento de uma época. Como já tenho referido diversas vezes, a minha convicção é que um clube pode tornar-se viável sem vender os seus jogadores mais importantes, sem alienar património indispensável e sem reduzir drasticamente o investimento.

Este problema é ainda maior num clube grande de prestígio, com responsabilidades competitivas, acrescidas da presença nas competições europeias.

Já pensaram que se os clubes não investissem na equipa, iriam ter muito menores receitas de bilheteira, merchandising e outras, devido ao resfriar da euforia dos adeptos. Esta situação poderia levar a um maior endividamento do clube, em vez da tão desejada saúde financeira.

Sou completamente a favor de um desenvolvimento sustentado e coerente das associações desportivas portuguesas, duvido é da eficácia de medidas drásticas e imediatas.

Sem uma planificação a longo prazo, nem mesmo a redução do orçamento para valores irrisórios salvará o desporto em Portugal

Tendo em conta que o emprestimo do Benfica será a 15 anos duvido que em 2006 apresente resultados nulos... aliás acho que nenhum dos grandes o vai fazer... é este o nosso futebol.