Paços Ferreira: Presidente queixa-se de «concorrência desleal»

«Há incumprimentos salariais e o não pagamento de impostos, situações que já falámos na Assembleia-Geral da Liga. Na época passada, pagámos um milhão de euros em impostos e para mantermos as contas equilibradas somos obrigados a vender jogadores», disse Fernando Sequeira.O dirigente sublinhou que «é momento de dizer basta», acrescentando que «se os clubes não podem contratar por dez, contratem por cinco, mas da forma como estão as coisas os incumpridores não irão ser punidos». «Com todo o respeito que tenho pelo Boavista, o clube não desceu por causa das dívidas, continuando aliás a participar na II Liga com todos os problemas que são conhecidos», frisou.O responsável máximo do clube pacense falou à margem da apresentação de Danielson, defesa brasileiro emprestado pelos russos do Khimki até ao final da temporada, que considerou um jogador que «reúne todas as condições» para ajudar o clube neste final de campeonato.Já Danielson, de 28 anos, justificou o regresso a Portugal com a falta de oportunidades no clube russo, sobretudo depois da mudança de treinador. «Fiz 13 jogos na Rússia, mas deixei de ser opção quando entrou um novo treinador. Quando me apresentei para iniciar a época, colocaram-me a trabalhar à parte do plantel. Depois foram estagiar para a Turquia e eu permaneci em Moscovo a treinar sozinho, sendo aí que o meu empresário falou do interesse do Paços de Ferreira», afirmou. E acrescentou: «É verdade que o Paços tem sofrido muitos golos e encaro esta oportunidade como um desafio para mim e uma forma também de ajudar o clube a ficar na primeira Liga».A entrada de Danielson é viabilizada pela saída de Tiago Valente, cedido por empréstimo ao Desportivo das Aves, da Liga de Honra.Lusa