Lisandro e Tarik dão vitória ao Porto frente ao Leixões

O Porto foi ao Estádio do Mar derrotar o Leixões por 1-2 e amealhar mais 3 pontos na corrida pelo título. Mas o triunfo dos dragões não foi tão fácil como se poderia imaginar frente ao ante-penúltimo classificado da Liga. O Leixões esteve a ganhar com um golo de Roberto (51') e só aos 77 minutos é que o inevitável Lisandro empatou o jogo, após passe de cabeça de Tarik. O tento do triunfo chegaria aos 85 minutos dos pés do marroquino num lance onde há dúvidas quanto a um eventual fora-de-jogo.


O Porto entrou em jogo com João Paulo no lugar de Paulo Assunção, que cumpriu um jogo de castigo, e este terá sido um dos factores da menor consistência portista em alguns momentos do jogo. No primeiro tempo o guarda-redes Beto impediu a equipa de Jesualdo Ferreira de se colocar em vantagem e o treinador repara que houve também «três foras-de-jogo que não existiram» e que foram assinalados pelo árbitro Jorge Sousa, considerando que isto «enervou» os seus atletas e que teve «influência no jogo ofensivo» dos azuis e brancos.

Certo é que o Leixões, rei dos empates nesta Liga, com 12 igualdades e apenas 3 vitórias ao longo de 23 jornadas, conseguiu marcar um golo ao Porto por intermédio de Roberto aos 51 minutos de jogo. A equipa do Dragão não sofria qualquer tento há 5 jogos, desde a derrota em Alvalade.


Jesualdo Ferreira diz que os jogadores do Porto «foram bravos» na forma como viraram o marcador. E para esse sucesso foi determinante o papel de Tarik Sektioui, que entrou apenas no segundo tempo para o lugar de João Paulo, com o professor a apostar em Farías no onze inicial. O lance do empate, marcado por Lisandro López aos 77 minutos, surgiu após passe de cabeça de Tarik. E seria o internacional marroquino quem colocaria os azuis e brancos a vencerem, a 5 minutos dos 90, numa jogada de contra-ataque onde surgem dúvidas quanto a um eventual fora-de-jogo do atleta do Porto. Seguro é que Tarik, sozinho em frente a Beto, fez o "chapéu" ao guardião de Matosinhos, apontando o tento que vale mais 3 pontos na contagem dos portistas.

Agora «só faltam sete jogos para acabar o campeonato», repara Jesualdo que trata de elogiar a «grande atitude» e o «grande empenho» dos seus atletas, embora admita «alguma falta de sintonia» no ataque e destaque que o Porto não jogou «muito bem».

Pela parte do Leixões, o treinador interino António Pinto diz que os seus jogadores foram «excessivos» naquilo que lhes pediu, considerando que deram uma «resposta excelente» após a demissão de Carlos Brito. Mas foi impossível «resistir a todo o caudal do FC Porto», aponta, concluindo porém que se os atletas mantiverem «esta concentração e determinação» a manutenção no primeiro escalão está ao «alcance» do Leixões.



No outro jogo da Liga disputado neste sábado, Académica e Belenenses empataram a zero em Coimbra numa partida onde os do Restelo terminaram com 10 após a expulsão de Cândido Costa por acumulação de cartões amarelos aos 59 minutos. Jorge Jesus fala de um resultado «menos mau» depois de ter falhado a possibilidade de ultrapassar o Sporting na tabela classificativa.

Do lado dos "estudantes", Domingos Paciência pode respirar de alívio, depois de Pavlovic ter deixado o encontro em maca. O avançado sérvio regressou aos relvados após duas semanas de ausência por lesão e frente ao Belenenses aleijou-se, mas a mazela é menos grave do que se temia. Está em causa uma simples mialgia na coxa direita.


Fotos: Lusa