José Mota: "Ao contrário de Vítor Pereira, nunca fui beneficiado"

Vítor Pereira dividiu por partes a atuação do FC Porto em Setúbal, que terminou com vitória nortenha por 3-0: "Entrámos bem, depois houve uma reação do Vitória de Setúbal, que foi uma equipa agressiva, que discutiu cada lance com muita convicção e tivemos dificuldade em impor o nosso jogo na primeira parte".

No segundo tempo, a partida mudou: "Fomos muito mais equipa, rectificámos uma ou outra questão, circulámos melhor a bola. As duas expulsões facilitam, mas já tínhamos ascendente no encontro antes disso".

Questionado sobre a arbitragem nesta entrevista rápida à Sport TV, o treinador do FC Porto comentou: "Acusam-me de não falar quando sou beneficiado. Gostava de ver os outros treinadores a fazerem isso... E gostava de ouvir os árbitros falar também", disse o técnico, que não entendeu ou não se recordava das jogadas que originaram as duas expulsões, de Gallo e Jorginho.

A chegada de Liedson parece certa, mas Vítor Pereira continua sem falar sobre o avançado: "O Liedson já chegou? Não sei de nada".

José Mota sublinhou que o FC Porto teve "dificuldades na circulação de bola". Admitindo que o V. Setúbal não esteve bem nos primeiros minutos, a partir do primeiro golo de Jackson a turma sadina foi uma equipa "mais organizada, mais determinada, com um meio campo mais forte. Na primeira parte tivemos ascendente sobre o FC Porto".

"Na segunda parte o FC Porto teve mais posse de bola, movimentou-se de forma mais organizada, conseguiu a circulação mas sem criar perigo", analisou o treinador do V. Setúbal, que não poupou críticas a Pedro Proença.

"Depois acontecem os lances de sempre do futebol português, que acontecem sempre contra os mesmos. Estas expulsões não podem acontecer, se o critério fosse sempre este terminaríamos os jogos sem jogadores. Houve uma dualidade de critérios gritante", apontou.

E as críticas continuaram: "Ao contrário de Vítor Pereira, não posso falar quando sou beneficiado porque nunca fui beneficiado. O V. Setúbal tem sido demasiado castigado com estas situações, lamento", queixou-se José Mota.

O treinador acrescentou que, depois das duas expulsões, a sua equipa sentiu-se "derrotada, com sentimento de frustração. Outras forças surgem e sempre da mesma forma".