Gilberto Madaíl deseja pacificação na arbitragem nacional | Relvado

Gilberto Madaíl deseja pacificação na arbitragem nacional

 


Gilberto Madaíl deseja pacificação na arbitragem nacional
O presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) desejou hoje uma «boa arbitragem» de Olegário Benquerença no derby Sporting-Benfica, que «ajude a pacificar este clima de crispação em torno da arbitragem».



Em relação ao encontro de sábado, da 19ª jornada da Liga portuguesa de futebol, Gilberto Madaíl disse esperar «um bom jogo, um bom espectáculo, com uma boa arbitragem». De acordo com Madaíl, o facto de o árbitro de Leiria estar «pré-seleccionado para fazer parte do grupo de árbitros para o campeonato do Mundo»» significa que estão reunidas as «condições para correr bem». «Espero que ajude a pacificar um bocado este clima de crispação em torno da arbitragem e do futebol», acrescentou.

À margem da assinatura de um protocolo com o Instituto de Desporto de Portugal e algumas autarquias do Norte do país, em Guimarães, o dirigente disse ainda não estar insensível ao ambiente que se vive no futebol nacional, e na arbitragem em particular, criticando mesmo o dirigismo português. «Claro que estou sensível a este clima de crispação. Mas o que é que eu posso fazer? Nada. Não sou eu que nomeio os árbitros, não sou eu que arbitro, mas preocupa-me, naturalmente», começou por dizer.

Madaíl revelou que tem vindo a «pedir que haja serenidade ao presidente do Conselho de Arbitragem, da Comissão de Arbitragem da Liga» e ainda «aos árbitros que façam o seu melhor». Mas, «muito importante», é que os «dirigentes também colaborem na pacificação deste clima. Quando há uma nomeação começa logo a haver polémicas, ainda o homem não actuou e já há polémicas por aquilo que ele fez o ano passado ou há dois anos, isto não se passa em Inglaterra, não se passa em França, não se passa em nenhum lado», criticou.

«Só sei dizer o que verifico: temos nove árbitros internacionais, depois há ainda os de futsal, de futebol de praia, e isso coloca-nos ao nível de outras potências. Eu não avalio árbitros, mas acredito plenamente que os erros fazem parte do jogo. Às vezes também se acusa um jogador de falhar um penálti porque na próxima época vai jogar no outro clube, ora eu não acredito nisso, naturalmente», disse. Para o presidente da FPF, «se não houver serenidade em torno da arbitragem, se os próprios dirigentes não forem serenos, claro que é fácil atear lume quando o chão é de pólvora», concluiu.

Também o secretário de Estado da Juventude e do Desporto, Laurentino Dias, se mostrou desagradado com o clima de crispação existente. «Quando há perturbações e turbulência não é bom para nada, direi que é próprio, embora não seja aceitável», disse. O governante referiu ainda que na futura legislação existirão «alterações de funcionamento da arbitragem» que espera «que possam ajudar a melhorar qualitativamente o trabalho dos árbitros».

Sobre essa matéria, Gilberto Madaíl disse que a nova lei de bases com a proposta de uma Comissão de Arbitragem unificada, na FPF e na Liga de clubes, está no projecto de estatutos que a Federação apresentou. «A Federação fez o trabalho de casa e agora está nas mãos das associações, elas é que se vão pronunciar», disse. «Foi um trabalho muito intenso que fizemos com FIFA e UEFA, porque é muito difícil coordenar o que é o regime jurídico e as determinações a que estamos sujeitos», acrescentou.

Madaíl disse esperar que tudo possa ficar resolvido em «seis, sete meses» para que na próxima época se trabalhe já com os novos estatutos. «Esse é o objectivo, mas agora não depende de mim, mas da rapidez com que os sócios da FPF queiram decidir esta matéria», frisou.

Lusa

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Madaíl

Cala-te, porque quando abres essa boca ou entra mosca ou sai merda.