Funcionários sadinos queixam-se de não receber como os jogadores | Relvado

Funcionários sadinos queixam-se de não receber como os jogadores

 

O Sindicato dos Trabalhadores de Escritório, Informática e Serviços da Região Sul (STEIS) está a apoiar os trabalhadores do Setúbal que alegam que há três meses de vencimentos em atraso, além dos subsídios de férias. Num comunicado divulgado pela estrutura sindical realça-se mesmo que «já existem funcionários a passar fome» e que alguns trabalhadores «entraram em "baixa por doença", a fim de receberem pela Segurança Social, uma vez que não tinham outro meio de sobrevivência».Simbolo Setúbal
O STEIS diz que a Comissão de Gestão do Setúbal «optou por liquidar a totalidade das retribuições e prémios em dívida aos jogadores profissionais», em vez de pagar gradualmente a todos os funcionários do clube, conforme recomendam os Regulamentos do Código de Trabalho. Perante a suposta situação diferenciada, os funcionários sadinos vão solicitar uma reunião à Câmara Municipal de Setúbal e ao Governador Civil, dando ainda conta do caso à Liga de Clubes e à Federação Portuguesa de Futebol, de modo a granjearem apoio.Entretanto os trabalhadores do Setúbal escusam-se a contactos com a comunicação social, até por temerem prejuízos adicionais pela denúncia do caso. Alguns lamentam, à distância de microfones e identidades, que ninguém da Comissão de Gestão dá a cara perante os funcionários. Do STEIS informam que os dirigentes em exercício deram garantias via telefone do pagamento dos salários até ao passado dia 11 de Junho, mas tal não aconteceu. Aguarda-se agora uma posição oficial de Carlos Costa, o líder da Comissão de Gestão.Susana Valente

I Liga:

Comentários [9]

Seleccione a sua forma preferida de visualização de comentários e clique "Guardar configuração" para activar as suas alterações.

Re: Funcionários sadinos queixam-se de não receber como os jogad

mas qual é o gestor com a cabeça no lugar que pagaria primeiro aos funcionários e só depois aos jogadores? Arruinaria o clube... Antes de mais deixa-se de pagar à Seg Social, depois ao Fisco, seguem-se os funcionários, depois os fornecedores, a seguir os jogadores e só no fim deixamos de remunerar os gestores da organização. Esse ultimo passo é o sinal para abandonar o barco!

Só no futebol português é que há compadrio?

Não me parece...até na "impoluta Albion" leiam esta notícia que retirei agora do Jogo. Sheffield United pede apoio a Bruxelas para evitar queda na segunda divisão Dirigentes do Sheffield United reúnem-se na próxima sexta-feira com responsáveis da Comissão Europeia, procurando apoio para a sua luta pela permanência na primeira divisão inglesa, anunciou hoje o presidente do emblema britânico. Os Blades desceram de divisão ao terminar o campeonato no 18º lugar. No entanto, os seus dirigentes sustentam que o West Ham devia ter sido despromovido pelas autoridades do futebol inglês, devido à utilização ilegal dos argentinos Mascherano e Carlos Tevez. A federação inglesa (FA) contentou-se em aplicar uma pesada multa ao clube londrino, não lhe retirando pontos, como, aliás, prevêem os regulamentos para estes casos. “Não diria que a história chegou ao fim. Vamos a Bruxelas na sexta-feira para falar com Jan Figel (comissário europeu para a Educação, Fomação e Cultura), disse Kevin McCabe, continuando: “Vamos procurar apoio da Comissão Europeia. Penso que se trata de uma questão relacionada com os Direitos Humanos, porque a nossa despromoção significa supressão de empregos, redução de salários. É o que acontece quando se passa da primeira para a segunda divisão”. Uma comissão independente britânica deve dar um parecer sobre este caso na próxima segunda-feira A parte que está em bold no texto é da minha autoria ter dado realce a esse facto.

Os funcionários recebem menos...

Por muito menos que recebam os funcionários comparativamente com os jogadores, como se entende, a verdade é que se não ha ovos, não ha omeletes! Por isso, acho por bem que procurem as "galinhas". É de facto, uma situação muito grave. Imaginem-se a viver três meses seguidos sem "graveto" (dinheiro, entenda-se)e com bocas para sustentar... Dá para perceber a dimenção do problema, não dá?

Infelizmente,

os funcionários tem 3 meses de ordenados em atrazo. Culpo esta comissão, visto um senhor se ter rido na cara dos funcionários quando estes foram pedir o dinheiro. Se existe dinheiro para os jogadores, que tal pagarem aos funcionários, que recebem muito menos!

Re: Infelizmente,

É uma situação humana insustentável. O Vitória tem que respeitar os seus trabalhadores e os seus associados. Tinha prometido que não falava de política. Para mim isto não é política... Espero que a cidade de Setubal mantenha o seu grande clube no primeiro escalão, que é onde ele pretence.

Re: Infelizmente,

Ainda bem que apareceste, custou-me escrever aquilo mas não é nada contra os sócios e adeptos do VFC só que infelizmente vocês têm tido infelicidade com quem aparece para comandar o barco se é que aquilo se chama "comandar". O Vitória não é caso único, nem no presente nem no passado, mas isto é lamentável arrasta-se há alguns anos.

nem todos...

ha pelo menos um que recebe a horas...

Problema Delicado

É uma situação delicada, a ser verdade, para estes trabalhadores. Tudo isto vai para além da esfera do futebol; entra na componente humana do respeito pelo igual e pelo seu trabalho. Espero que o Vitória, enquanto instituição, consiga resolver este grave problema. É tudo quanto espero.

Fala-se tanto aqui de Salazar e desses tempos

Mas esta situação e outras de nós conhecidas não aconteceriam nesses tempos, já estavam os dirigentes na cadeia há muito tempo e o clube ou tinha sido extinto ou despromovido. O que se passa neste clube e outros é concorrência desleal a quem cumpre, e a FPF e a LPFP a fazerem de conta que nada se passa. Isto é crime público e grave, ainda a época passada li aqui que o Clube não pagava a ninguém mas os Administradores da SAD continuavam a receber. Isto nem no tempo do Salazar e para quem me conhece daqui sabe que eu fui um feroz adversário da ditadura, até desertei do exército quando fui alistado - mas passam-se coisas hoje em dia que nem nesse tempo poderiam acontecer.