A frontalidade de Jokanovic

1- FCP em Gelsenkirchen 2- Jokanovic 3- Patriotismo Primeiro ponto: Não foi, como outrora, gloriosa a passagem de Porto por Gelsenkirchen. Numa arena onde as memórias, recentes e sem rugas, ainda tingem de azul muitos sonhos, Jesualdo em conferência de imprensa, quiçá inseguro com a sombra de Mourinho, preferiu começar por espantar os seus fantasmas, quase que branqueando a história e, retirando assim à sua equipa, alguma da vantagem psicológica que lhe assistia. Teriam sido diferentes as coisas se Jesualdo, qual jogador de xadrez, invocasse a protecção dos Deuses Azuis de Gelsenkirchen? Teria motivado o seu clã e esmiuçado a coragem alemã? Não sei. Mas no futebol todas as armas contam… De qualquer maneira espero que, dentro de uma semana, a história seja escrita a tinta bem azul. Tinta com sabor a quartos de final. Segundo ponto: Jokanovic foi provocado pela experiência de Cajuda. E reagiu, premeditadamente, da forma menos inteligente possível. Será que nos seus pré-pensamentos aquela correria de galgo atrás de um coelho lhe traria alguma recompensa? Será que pretendia incendiar a Choupana até esta fazer justiça por próprias mãos? Não sei aonde queria chegar o senhor dos Balcãs mas que a sua atitude foi de uma irresponsabilidade atroz, lá isso foi. Até porque se lhe assistia alguma razão a perdeu automaticamente. Terceiro ponto: Patriotismo. Palavra bonita que conjuga o orgulho em ser português com a rebeldia histórica de Padeiras de Aljubarrota e dos Descobrimentos por mares nunca dantes navegados. Eu sinto-a por sou, acima de tudo, português. Tenho no peito muitos dos defeitos e qualidades que a idiossincrasia lusa, hereditariamente, nos confere. E orgulho-me do o sentir. E como sou só um, tanto no futebol como na vida, sinto-o também nessa arte mágica de fazer pinturas chutando uma bola de futebol. Sinto-o quando vejo o FCP a ser campeão europeu. Sinto-o quando, contra a corrente sanguínea da minha vontade, vi o Sporting ser injustamente derrotado na final da Taça Uefa. Sinto-o também porque sinto a emoção nos olhos da nossa diáspora com fome de Portugal. Com fome de arraias, de pão com chouriço, de sardinhas e do tinto com sabor a sangue ancestral.

que é que o scolari tem a ver com este assunto?

...que o treinador do Nacional, não pretendia agredir Cajuda, até porque se dirigiu a ele a correr, e quando lá chegou (e nessa altura ninguém o tinha agarrado) gritou na cara de Cajuda. Tenho a convicção de que caso não fossem lá agarrar o treinador do Nacional, provava-se que nunca foi sua intenção efectuar agressão fisica. Porque quem quer agredir, logo que tivesse o seu alvo ao alcance não hesitava. Contudo, se virem as imagens, podem constactar que Jokanovic, aproximou-se de Cajuda e em vez de o agredir insultou-o. Considero que a atitude de Scolari foi muito pior, visto que, teñtou agredir, simplesmente não conseguiu.