A formação portuguesa sufoca

Antigamente, há algumas décadas, não havia tantos estrangeiros assim em Portugal, mas Portugal era maior, geograficamente e em termos populacionais, com as colónias. Foi aí que Portugal teve mais êxito no futebol internacional, exactamente em 1966. Depois de um tempo, com as independências das colónias e poucos estrangeiros a jogar em Portugal, Portugal nunca mais conseguiu projecção internacional, nem na "exportação" de talentos, nem com a Selecção principal.

Havia talentos: Futre, Figo, mas penso que não tantos como hoje. Agora há cada vez mais estrangeiros e os talentos abundam mesmo assim: Cristiano Ronaldo, Quaresma, João Moutinho, etc. E Portugal teve a melhor colocação da história num Euro. E está entre os 10 melhores.

Portanto, a vinda de estrangeiros sufoca a formação em Portugal, atrapalha a revelação de novos talentos portugueses? Acho que não. Penso que os clubes apostam sim na formação, porque isso dá dinheiro. Não vejo cinismo. É uma questão económica. A formação é boa para Portugal e para os clubes, assim como a vinda de estrangeiros. Um não atrapalha o outro, pelo contrário, penso que só aumenta a competitividade e os talentos portugueses que se revelam são verdadeiramente bons, porque conseguem sobressair-se sobre centenas de outros portugueses e inclusive estrangeiros. Penso que com tantos estrangeiros Portugal tem a ganhar, porque o campeonato fica mais competitivo e os jogadores portugueses aprendem a jogar contra uma diversidade enorme de estilos de jogos, habituando-os às grandes competições internacionais.

a mim custou-me tanto quando o quaresma saíu do sporting! Pessoalmente nada me move contra os estrangeiros a jogarem na liga.Aliás no momento devemos ter centenas de jogadores lusos a jogar lá fora.
Vejamos as coisas por outro prisma: o futebol tem um século e picos-o criado pelos da velha Albion: tyemos cá centena e meia de brasileiros;
A adesenviolver esforços na profissão mais velha dos mundo temos cá milhares de brasileiras...
è justo...

No principio do seculo passado existiam menos 90% de estrangeiros a trabalhar em Portugal do que actualmente.

Os que existiam, na sua maioria vinham forçados, colonizados ou até mesmo fugindo do pesadelo que se abatia sobre a Europa.

Ainda assim, com o crescimento do numero de emigrantes a entrar em Portugal também cresceu o numero de Portugueses a trabalhar no estrangeiro.

As fronteiras abriram-se na Europa, criaram-se novas leis que protegem os emigrantes e beneficiam os governos que os acolhem, etc, etc.

Não vejo nenhum problema em se verificar o mesmo fenómeno no futebol.
Acontece em todos os Paises da Europa.
É assim o futuro, e é assim a globalização.

Mesmo assim, considero que estes acontecimentos beneficiaram muitos jovens jogadores Portugueses, que puderam aprender diferentes formas de interpretar o futebol, e começaram a fazer frente a outro tipo de exigências.
Não me parece que tenha sido à toa que nos ultimos anos, tantos jovens se tenham lançado com sucesso.

Acho que a formação ganha com isto, os clubes ganham com isto e a economia europeia ganha com isto.

Ainda assim, preferia ter menos estrangeiros a jogar cá.
Mas não os vejo como factor negativo.

Pelo menos não a todos.