FC Porto-Benfica: números muito favoráveis aos dragões

O FC Porto cedeu apenas 18 empates e 12 derrotas frente ao Benfica, dominando com expressivos 61 por cento de triunfos o histórico das receções aos encarnados para a Liga portuguesa de futebol.

Segundo contas da Agência Lusa, em 77 jogos caseiros com os encarnados, os dragões somam 47 vitórias, 15 das quais nos últimos 21 anos, período em que só permitiram um único triunfo aos encarnados (2-0 em 2005/2006).

Depois de a 28 de abril de 1991, um bis do suplente César Brito (81 e 84 minutos) ter dado o triunfo ao Benfica de Sven-Goran Eriksson, a equipa da Luz só voltou a vencer a 15 de outubro de 2005, novamente por 2-0 e com novo bis, agora de Nuno Gomes, que faturou aos 57 e 64 minutos.

De resto, os encarnados apenas se escaparam do desaire em 1991/92 (0-0), 1993/94 (3-3), 2004/2005 (1-1) e 2008/2009 (1-1), num domínio avassalador do FC Porto, que logrou mesmo 10 triunfos consecutivos (1994/95 a 2003/2004), seis dois quais por dois ou mais golos de diferença.

O Benfica ainda se deu bem nos primeiros jogos no Dragão, pontuando em três das primeiras cinco deslocações, mas o FC Porto retomou o caminho dos triunfos em 2009/2010 (3-1) e a época passada logrou mesmo uma histórica goleada (5-0).

Um tento de Silvestre Varela (12 minutos) e bis do colombiano Radamel Falcao (25 e 29) e do brasileiro Hulk (79, de grande penalidade, e 89) selaram a manita, repetindo o resultado conseguido, 14 épocas antes, na Luz, em encontro da segunda mão da edição 1995/96 da Supertaça.

Foi a 77.ª viagem do Benfica ao reduto da formação azul e branca, que começou por não perder qualquer um dos primeiros oito embates (cinco vitórias e três empates), cedendo a primeira derrota em 1942/43: os encarnados venceram por 4-2, com golos de Manuel da Costa (dois), Julinho e Nelo.

Até ao início da década de 50, o Benfica ainda venceu mais três encontros, mas, de 1950/51 a 61/62, o FC Porto mostrou-se insuperável (10 vitórias e dois empates), num período em que se destacam três 3-0 consecutivos (54/55 a 56/57).

Eusébio, claro, quem mais?

Em 1962/63, um golo do “inevitável” Eusébio valeu uma vitória por 2-1 e o fim do jejum de triunfos do Benfica, que só voltaria a ganhar em 69/70: a essa derrota, o conjunto da casa respondeu com a então maior goleada de sempre (4-0 em 70/71, com quatro tentos de Lemos).

A década de 70 acabou, no entanto, por vir a ser o melhor período dos encarnados, que em 1971/72 ganharam por 3-1 e conseguiram, depois - pela primeira e única vez em “solo” portista -, três triunfos consecutivos, entre 74/75 e 76/77.

O Benfica venceu por 3-0 em 1974/75 (golos de Vítor Martins, Moinhos e Toni), por 3-2 em 75/76 (Vítor Martins e “bis” de Jordão) e, finalmente, por 1-0 em 76/77, com um tento de Fernando Chalana.

Em 1977/78, o FC Porto colocou um ponto final numa “seca” de 18 épocas sem vitórias no campeonato nacional e iniciou também um período de ainda maior superioridade nos jogos caseiros com o Benfica: desde aí, soma 24 vitórias, oito empates e apenas duas derrotas.