Evangelista: Aposta nos estrangeiros tem uma agenda por trás | Relvado

Evangelista: Aposta nos estrangeiros tem uma agenda por trás

Presidente do Sindicato dos Jogadores volta a criticar a aposta dos clubes portugueses na contrataçã
 
Joaquim Evangelista (Sindicato Jogadores)
SJPF

Jogaram na época passada na Primeira Liga 93 portugueses e 131 estrangeiros

Joaquim Envagelista, presidente do Sindicato dos Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF), entende que "a aposta nos jogadores estrangeiros muitas vezes tem uma agenda por trás que não é meramente desportiva". Em declarações divulgadas pela Rádio Renascença o dirigente sindical frisa que "há uma agenda económica e de habilidades financeiras que são feitas" que se reflectem no contínuo fluir de contratações de atletas de além-fronteiras.

O presidente do Sindicato lamenta que até o próprio Sporting se esteja a deixar levar por esta tendência. "Continua na formação, mas aparentemente, com os dados que são tornados públicos, não sei se vai continuar muito naquele patamar", atira Evangelista.

As palavras do sindicalista surgem no âmbito da iniciativa “Aposte no jogador português”, promovida pelo SJPF, e que levou cerca de 20 futebolistas a caminharem do Marquês de Pombal, em Lisboa, até à Câmara Municipal da capital, no sentido de alertar para a necessidade de valorizar um “produto nacional”.

Na época passada, segundo dados do Sindicato, foram utilizados 93 jogadores portugueses na Primeira Liga e 131 estrangeiros. O Rio Ave foi o clube mais português, enquanto o Marítimo o que apostou mais em estrangeiros.

Na Liga de Honra utilizaram-se 146 atletas portugueses e 77 estrangeiros, sendo o Varzim o clube mais nacional, enquanto o Estoril da brasileira Traffic Sport, empresa que detém grande parte do capital do emblema, foi o que mais apostou em jogadores de além-fronteiras.

Face a estes dados, Evangelista diz citado pela Agência Lusa que "era importante haver uma troika no futebol português para que nos trace o caminho a seguir". "Há que sensibilizar cada vez mais os dirigentes para apostar nos jogadores portugueses", diz o sindicalista, lamentando que "estamos a assistir ao desmoronamento dos clubes e ao aumento crescente do desemprego dos jogadores”.

Em tempos de crise financeira, o presidente do SJPF destaca que "a aposta nos jogadores portugueses reduz os custos dos clubes” e que por isso pode ser "a solução". “Vendo as coisas do ponto de vista financeiro tenho muitas dúvidas que as transferências milionárias gerem mesmo riqueza para os clubes", afiança. "Os passes dos jogadores são detidos por fundos de investimento ou empresários e muitas vezes os clubes não têm tantos direitos sobre as transferências dos jogadores como se pensa”, conclui Evangelista.

I Liga:

Comentários [16]

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Dois apontamentos

o 1º, para saudar a Susana, que finalmente está de regresso. E para dizer que a sua presença neste espaço é necessária, para meter ordem na casa (já nem digo em relação aos utilizadores, mas quanto ao trabalho da própria edição, que, em termos de qualidade, tem caído a pique).

o 2º, para apontar a curiosidade de ver que até uma editora com 10 anos de casa, não se entende com esta nova versão do relvado beta, onde os comentários ora aparecem em duplicado (por vezes em triplicado), ora aparecem deslocados do sítio onde se pretendia responder (como aparenta ser o caso).

Tanto trabalho a manter isto durante uma década, Susana, e depois aparece um grupo qualquer que toma isto de assalto e rebenta com o espírito de um espaço que outrora já foi de grande qualidade...

Obrigada pela saudação

Curioso que só me torno necessária quando me ausento... (permita-me o queixume) Agradeço de qualquer forma a simpatia das suas palavras.

Quanto aos seus reparos, neste Relvado Beta estamos todos ainda a aprender, diria. Ainda não está terminado o processo de aperfeiçoamento - que de resto nunca está encerrado -, mas não é verdade que este novo Relvado tenha menos qualidade. É obviamente um site diferente, mais completo, mais abrangente do que outrora. No caminho ter-se-ão perdido traços peculiares daquilo que era um fórum na sua essência, mas outras particularidades se ganharam. É o inevitável amadurecimento.

O que é absolutamente

O que é absolutamente desnecesário é a incompreensão por parte das pessoas às correcções, chamadas de atenção, enfim às coisas que nos possam enriquecer mais aprendendo, seja no caso em apreço sobre gramática, seja ainda e sobretudo em coisas da vida, que estas sim mais importantes do que querelas gramaticais. E saber aprender é uma virtude, mas virtude maior é saber que podemos aprender mesmo com alguém mais ignorante do que nós.

Concordo em absoluto

Acrescentaria que reconhecer a nossa própria ignorância é a virtude suprema.

Isso é muito socrático :)

Isso é muito socrático :)

Humor não correspondido...

Está visto que o meu sentido de humor é tão mau como o meu conhecimento gramatical.

Olhe que, se eu parti em sua

Olhe que, se eu parti em sua defesa porque acho que não cometeu erro nenhum, quanto à referência ao acordo tenho as minhas dúvidas que haja sido referido com humor :)
Mais ainda, poderia referir à Susana um enquanto que que anda para aí numa notícia escrita por si :) Leia novamente e retire o que e veja se não é a mesma coisa.
Não sei se fora consigo que em tempos discuti este assunto, cuja resposta foi a de que não há consenso sobre o dito enquanto que . Ora, se é certo que há uns fulanos que, sabe-se lá porquê, aceitam esse enquanto que , mais certo é que em 100 vezes que se use tal 100 serão as vezes em que o que não se justifica, porquanto se não se o ler a frase soa igualmente bem, e o que torna-se absurdamente redundante.
Fica a dica :)

De redundâncias...

Não deixam estas de fazer parte da nossa vida , mesmo que absolutamente desnecessárias.

Vou ser um bocadinho Tom, mas

a frase "O presidente do Sindicato lamenta que até o próprio Sporting se está a deixar levar por esta tendência" é uma aberração. O correcto seria "(...) lamenta que até o próprio Sporting se esteja a deixar levar por esta tendência", uma vez que se deve usar o conjuntivo, aqui, e nunca o indicativo.

Já bem vai bastando ouvir o "Professor" Jorge Castela, na SportTv, ou o Freitas Lobo, na RTP, a ignorar a existência do conjuntivo e a dizerem barbaridades como "Embora o Real é uma equipa compacta" e afins.

Quanto às declarações do Evangelista, nada de novo. Nunca concretiza nada. É um Octávio Machado, mas de fato e gravata.

Hum, agora parto em defesa da

Hum, agora parto em defesa da jornalista. Olha que não sei se o indicativo não possa ser usado. Até porque ler a frase nem sequer me soa mal no presente do indicativo. O conjuntivo/subjuntivo usa-se quando "expressa a acção ou estado denotado pelo verbo como um facto irreal, ou simplesmente possível ou desejado, ou que emite sobre o facto real um julgamento (diz-se de modo verbal" . Ou seja, o conjuntivo/subjuntivo poder-se-ia usar, mas o indicativo não parece que esteja mal empregado, na medida em que a jornalista (o Evangelista?) pretendia mostrar com efeito que era um dado adquirido esse facto do Sporting estar a deixar de apostar na formação, o que de facto tem sucedido.
Não percebi foi a resposta da Susana sobre o acordo, dado que isto não tem nada que ver com acordo, antes gramática. O acordo não visa alterações de gramática, antes a uniformização da ortografia,

Lamento, Tom

Mas trata-se de uma expressão de valor modal apreciativo, logo, existe obrigatoriedade de conjuntivo. O "é de lamentar que" ou, por exemplo, o "é bom que", exigem conjuntivo.

E, pelo menos na parte que me toca, a expressão em causa, com o indicativo, soa bastante mal - como, de resto, soa qualquer indicativo associado à expressão "é de lamentar que" ("é de lamentar que o Rui vê tudo" ou "é de lamentar que o Postiga é cepo", em vez de "é de lamentar que o Rui veja tudo" e "é de lamentar que o Postiga seja cepo").

A parte do Acordo foi uma piada. Pelo menos foi assim que entendi a referência.

Está correcto, e aqui está

Está correcto, e aqui está pelo menos uma explicação, que por sinal usa o verbo lamentar:
" ... de verbos cujo sentido está ligado à ideia de ordem, de proibição, de desejo, de vontade, de súplica, de condição e outras correlatas. É o caso, por exemplo, dos verbos desejar, duvidar, implorar, lamentar, negar, ordenar, pedir, proibir, querer, rogar e suplicar» (cf. pág. 464, 11.ª edição, Setembro de 1995, ), em Nova Gramática do Português Contemporâneo , de Celso Cunha e Lindley Cintra.

Humor não correspondido...

Está visto que o meu sentido de humor é tão mau como o meu conhecimento gramatical.

Obrigada

Agradeço a correcção. Ainda não me habituei ao Acordo Ortográfico...

Olha, olha...

Então agora a desculpa é do acordo ortográfico...? - Tem as costas largas o dito...

lolol essa está boa, acabei

lolol essa está boa, acabei de referir que não percebi essa referência ao acordo.