Época com 14 resultados influenciados pela arbitragem até agora

A Comissão de Arbitragem (CA) da Liga de Clubes faz um «balanço francamente positivo» da actuação dos homens do apito no decurso desta temporada. Foi nestes termos que o presidente da estrutura, Vítor Pereira, falou com os jornalistas numa análise global ao desempenho dos árbitros durante as jornadas já realizadas. E em 52 jogos da Primeira Liga e da Liga de Honra, a CA identifica 14 arbitragens com influência nos resultados. Para a próxima época está em preparação um novo modelo de observação dos juízes.


Em 26 jornadas dos campeonatos profissionas, o que dá um total de 52 jogos da Primeira Liga e da Liga de Honra, a CA detecta 14 actuações negativas dos árbitros com prestações a terem influência nos resultados dos jogos. Nestes casos estão em causa notas inferiores a 7,5 valores atribuídas pelos Observadores dos árbitros e os dados não incluem ainda os desempenhos dos homens do apito na jornada 27, onde as arbitragens de Carlos Duarte no Paços de Ferreira-União de Leiria (0-0) e de Olegário Benquerença no Académica-Sporting de Braga (0-1) são alvo de grande contestação.
Imagem de árbitro com cartão vermelho
«Na esmagadora maioria dos casos as actuações têm sido de acordo com a exigência que a competição tem oferecido», considera globalmente Vítor Pereira, realçando que «tem havido mais tempo útil de jogo» e que a «simulação de faltas tem diminuído». O presidente da CA diz ainda que os juízes têm feito «um grande esforço para que o jogo seja fluído» e no «combate ao uso dos cotovelos». O jogo violento tem sido também alvo particular de atenção dos homens do apito, diz Vítor Pereira, lamentando contudo que «continua a haver situações em que jogadores colocam em risco a integridade física de colegas de profissão», embora repare que os árbitros têm agido «em conformidade».

Para a próxima época, Vítor Pereira destaca que a CA está já «a trabalhar no sentido de alterar o modelo de observação do árbitro», visando a imposição de «critérios de observação mais objectivos». Mas o líder da CA descarta a eventual introdução do vídeo na análise ao desempenho dos juízes. «Enquanto não houver condições iguais em todos os recintos da Liga e da Liga de Honra para registo magnético, não faz sentido introduzir o vídeo», justifica.

Foto [de Vítor Pereira]: Lusa