Arbitragem, a velha polémica de sempre.

A arbitragem será sempre entendida como o bode expiatório para justificar qualquer resultado. Mas não haverá soluções para contrariar esta velha realidade? Claro que há! Então por que não se põem em prática?

Já tem corrido muita água por debaixo das pontes da informação desportiva, nesta área específica da nossa arbitragem indígena, mas por muito que se diga ou se altere, a polémica continua na ordem do dia, e para isso, basta que um dos clubes que lutam pelo título de campeão obtenha numa jornada um resultado menos positivo.
É verdade que se tudo fosse perfeito, na semana seguinte pouco haveria para dizer ou comentar, e aos principais jornais e canais desportivos, certamente que não lhes restava outra alternativa senão despedir alguns profissionais e demais comentadores, sendo que alguns deles são pagos a peso de ouro, mesmo que por vezes se note que não se preparam com o rigor que a modalidade merece nas suas intervenções.

Por tudo isto, se o desejo de melhoria for verdadeiro (eu tenho muitas dúvidas), é preciso agir no sentido da introdução das novas tecnologias que ajudem os árbitros a decidir melhor e sem dúvidas, dar maior poder de acção e de decisão aos árbitros auxiliares e ao 4º árbitro, obrigar os árbitros a terem só um único critério de ajuizar os lances, introduzir um Tribunal Desportivo isento que decida com prazos prédefinidos, recorrendo caso seja necessário, a “sumaríssimos” para punir ou retirar cartões mal ajuizados, e por fim os relatórios, classificações e avaliações dos delegados técnicos dos árbitros tornados públicos, contribuindo para a total transparência e credibilidade do fenómeno desportivo, para além da possibilidade de os árbitros também poderem participar nos comentários dos jogos em termos técnicos após os jogos.

Quanto à polémica da escolha dos árbitros, e se devem ou não enveredar pelo profissionalismo, creio que os árbitros também têm que ser como o azeite e o algodão, quando são bons vêm logo ao de cima e o algodão não engana. Haja vontade para agir.