O adepto

Ser portista é nascer com um sangue diferente a correr nas veias...

sou sportinguista por devoção....
já o meu bisavô o era, já o meu avô o meu pai a minha mãe e o meu tio o são...
o sporting já esta implantado na familia desde o seu nascimento, era impossivel eu não o ser também!!
segundo me dizem.. dentro das primeiras palavras que aprendi a dizer, estava lá SPORTING :-) por isso sou leão desde sempre !! e a par do meu tio , somos os mais ferrenhos da familia !!!

tambem sou do clube da minha terra.. um historico do distrito..
que esteve a um passo da primeira divisão á muitos anos atras.. actualmente joga no distrital.. mas é uma das equipas em todo o distrito que move o maior numero de adeptos.. (tendo em conta que aqui o mais que temos é equipas na 2 divisão)mas confesso que ja fui mais ferrenho.. actualmente não acompanho tanto.. vou aos jogos em casa , mas ja não me desloco fora.. fui atleta do clube durante varios anos... e no meu coração existe sempre um espaço para o GRANDE GDC !!!!

Depois de ontem ter surgido um artigo a dizer que o Baía insultou o Ricardo, onde está o artigo acerca do desmentido do Baía que teve lugar hoje no Record...

São as tais coisas...

Diz tudo acho eu...
Quando comecei a gostar de fuebol, teria eu uns 4 ou 5 anos, o grande Rui Manuel Trindade Jordão, jogava no meu Sporting e era um dos melhores avançados da nossa selecção.

Foi ele quem me fez do Sporting.

Que me "obrigou" a ser do Sporting quando era puto. O meu padrinho era fanatico e estava-me sempre a oferecer-me coisas relacionadas com o Sporting como o equipamento. Tinha para aí 3 anos. Na escola primária eramos para aí uns 20. 15 do benfica e 5 do Sporting. Todos os meus colegas leooninos mudaram para o benfica eu fui o único a apoiar o Sporting e tinha que levar as bocas deles até porque o Sporting já não granhava o campeonato para aí à 6 ou 7 anos. Eles queriam que eu mudasse de clube, foi um verdadeiro teste do meu sporitnguismo. Nunca vou mudar de clube e quem o fez não o considero que seja um verdadeiro adepto.

Com muito orgulho, pela heranca historica do clube e pelo envolvimento da familia que a 4 geracoes sao adeptos e socios do clube.

Nao tenho nehuma outra simpatia, nem por clubes de outras divisoes. Sou homem de um unico amor!

...segundo este artigo.

Foi o que teve a 5a ou 6a melhor assistência na época passada, e à frente do boavista, por exemplo. Mas pronto.

São os grande factores para a filiação a um determinado clube, a comunicação social trata de empurrar os indecisos.( ou seja para um dos grandes, e normalmente para uma só côr , dada a concentração de meios afectos a um só dos clubes)

O que me leva a pensar, que neste momento , em condições normais ,o FCP deveria ter para cima de 6 milhões de adeptos uma vez o percurso demolidor aos últimos 20 anos!!Mas a comunicação social desempenha um papel chave , nesse desempata.

Não à Julia Pinheiro mas a vocês. Houve um momento da minha vida muito complicado. As más companhias por vezes, levam-nos a comportamentos desviantes...não, nunca me mascarei de cowboy da montanha em criança, adorador de pistolas no coldre, não se trata disso. O facto é que quando ainda não temos a nossa personalidade totalmente formada, o caminho da delinquência parece-nos de alguma forma apetitoso. Neste caso, as más companhias não foram o Tojó das passitas nem nada que se pareça, mas sim a minha própria família! O tribunal de menores nunca soube do caso, senão provavelmente teria sobrevivido em alguma instituição de acolhimento.

Eu confesso. Nos meus primeiros anitos de infância, fui um benfiquista entre forçado e corrupto. Suborno aceite, coração futebolistico sequestrado. Só que desenvolvi uma espécie de sindrome de Estocolmo, tendo acabado por desenvolver não só uma forte ligação aos meus familiares raptores, como também com o clube da águia. Pequenino mas já muito fanático, até me lembro de andar ao murro por causa disso e de influenciar alguns amigos meus, ainda hoje benfiquistas, a aderirem à causa(como me arrependo hoje em dia. Remorsos fortissimos, como o do ex-drogado que reencontra o amigo, a quem se ajudou a dar a primeira agulhada, passados uns anos, a dar o cu numa esquina por uns trocos, para suportar o maldito vicio)

Depois chegou a história de amor que agora não tenho tempo para aqui contar. Mas se uns idolatraram Super-homem, Power Rangers e afins, os meus heróis moravam nas Antas. Eram carecas e cheios de garra. Como o meu avô. Tinham todos poderes especiais: o André carregava pianos durante 90 minutos e se as coisas corressem mal espetava uma carecada no adversário; o Semedo fingia-se de lento, para num gesto de mágica arrancar em drible e assistir alguém para golo; o Bandeirinha tinha a super-barriga que encostava nos adversários para não os deixar passar; o Jaime Magalhães, intemporal e ébrio amigo de Robin dos Bosques mas mais magro depois de se dedicar ao desporto, TUCKava na bola com muita classe e tirava cruzamentos fantásticos; e o meu avô que driblava na linha...pronto, isto já era a minha imaginação...

Isto era uma equipa, isto era futebol. E depois havia um aroma profundo de solidariedade naquele clube! Inclusivé, só para vocês verem, todos estes carequinhas assim o eram, porque doaram toda a sua capilaridade a Fernando Couto Sansão, outro herói que perderia os seus poderes caso lhe retirassem a gadelha.

Não mais vacilei. Nem sequer passei o limbo. POOOOOOOORTOOOO...Sim, sou aquilo a que os ingleses chama glory-hunter...mas quem não o é por aqui?